Gestão de custos ambientais e de responsabilidade social: uma proposta de arquitetura de dados de sustentabilidade

Resumo

Esse artigo apresenta uma proposta de custeio em termos de sustentabilidade, para fins de sua evidenciação na forma de balanço socioambiental. Este balanço se fundamenta em um modelo de geração de informações de custos que supere as limitações conservadoras às quais a contabilidade mantém-se cerceada, visando aliar o desempenho econômico-financeiro à performance de proteção ambiental e de responsabilidade social (accountability). Apóia-se em uma base de dados de indicadores de custos socioambientais, desenvolvida através de pesquisa empírica, desenvolvida pelo método grounded theory. A ênfase da grounded theory é o aprendizado a partir dos dados (interativa e indutiva), e não a partir de uma visão teórica existente (dedutiva). Tais indicadores, além de refletir o estágio de sustentabilidade em que se encontra a empresa analisada, subsidiariam o mapeamento socioambiental dos diferentes segmentos econômicos do universo empresarial brasileiro. Como resultado da implementação do modelo proposto evidenciou-se que devem ser adotados enfoques distintos de gestão de custos socioambientais para diferentes tipos de organizações que, em razão de seu ramo de negócios, sofrem efeitos diferenciados de sustentabilidade. Outro aspecto relevante decorrente da aplicação do modelo proposto foi a implementação de um balanço socioambiental como instrumento de controle e tomada de decisões para a direção da empresa não em função de resultados econômicos, mas, principalmente, dos resultados de sustentabilidade empresarial.