Correlações canônicas entre os indicadores tradicionais e o modelo Fleuriet na avaliação do capital de giro de empresas têxteis

Resumo

Ao realizar um apanhado geral na literatura sobre análise de capital de giro, pode-se constatar que há o interesse de pesquisadores em relacionar os indicadores tradicionais de desempenho com os indicadores do modelo dinâmico de capital de giro, introduzido no Brasil professor francês Michel Fleuriet. Nesse contexto, o artigo objetiva identificar o nível de correlação canônica entre os indicadores tradicionais e o modelo Fleuriet na avaliação do capital de giro das empresas têxteis. Para tal, realizou-se pesquisa descritiva com abordagem quantitativa. Foram selecionadas 20 empresas brasileiras listadas na Bovespa que possuem como código de atividade no cadastro da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a expressão “1050 - têxtil e vestuário”. Os dados foram coletados nos relatórios contábeis enviados pelas empresas à CVM, referente ao período de 2006 a 2008. Com base nesses relatórios, foram calculados diversos indicadores tradicionais de desempenhos e indicadores da análise dinâmica do capital de giro, abordados na fundamentação teórica do artigo. Na sequência, procedeu-se à análise de correlações canônicas entre os dois tipos de indicadores com a utilização do software Statgraphics. Os resultados da pesquisa mostraram correlações canônicas estatisticamente significativas entre os indicadores tradicionais e os indicadores da análise dinâmica, melhorando a cada período. Conclui-se conforme as empresas pesquisadas, de que não há necessidade de proceder à análise de indicadores tradicionais de desempenho acrescido da análise dinâmica de capital de giro. Recomenda-se neste caso, a adoção da análise dinâmica do capital de giro, uma vez que a mesma considera o dinamismo das operações nas organizações.