Comportamento de custos hospitalares: o caso do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina

Resumo

O objetivo deste estudo é analisar o comportamento dos custos do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina nos anos 2010 e 2011. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com aplicação prática, realizada por meio da coleta de dados disponibilizados pela Instituição. A abordagem do problema é quali-quantitativa e a técnica utilizada é o estudo de caso. Em relação aos 32 centros de custos, verificou-se que 6 são responsáveis por mais de 80% dos custos totais da Instituição. Destes, a Emergência representa 16,71% dos custos totais e é o centro de custo que mais consome recursos no ICSC, seguido da Hemodinâmica com 16,26%. Para estes 6 centros de custos, relacionando-se as variáveis X (“custo com pessoal”, “material de consumo”, “gastos gerais” e “serviços de terceiros”) e Y (custo total), os resultados demonstram que: i) o centro de custo Emergência apresenta correlação positiva moderada no valor de 0,62; ii) a Hemodinâmica apresenta correlação positiva fraca de 0,25; iii) a UTI-Coronária apresenta correlação positiva fraca de 0,22; iv) o Centro Cirúrgico possui correlação positiva forte de 0,87; v) a Unidade A apresenta correlação positiva moderada de 0,34; vi) a unidade B apresenta correlação positiva forte de 0,78. Além dos 6 centros de custos já mencionados, os centros Ambulatório, Unidade Descentralizada de RH, Ecocardiografia e Reabilitação Cardíaca obtiveram índices de correlação superiores a 0,90. Por outro lado, quando analisados todos os 32 centros de custos conjuntamente, a análise de correlação apresentou índice moderado de 0,52.