APURAÇÃO DOS CUSTOS DA QUALIDADE NO AMBIENTE “ABC”

Autores

  • Antonio Robles Junior

Resumo

A apuração dos Custos da Qualidade foi preconizada, já em 1957 por Armand Feingebaum. Outro papa da Qualidade, Joseph Juran em seu livro Manual de Controle de Qualidade, cuja primeira edição é da década de sessenta, praticamente definiu as categorias de custos relacionadas com a qualidade, ou seja separou os custos em prevenção, avaliação e falhas. No caso dos custos relacionados às falhas ficou consagrada sua abertura em internas e externas, para evidenciar as falhas constatadas antes da expedição do produto daquelas somente detectadas nas dependências do cliente. De uma forma geral esses custos eram levantados independentemente da contabilidade, inclusive com baixa participação do pessoal da Controladoria. Esse trabalho feito pelo pessoal técnico tinha pouca credibilidade e normalmente a apreciação das informações emanadas centravam-se nos critérios e nos números apontados, ou seja era a pura aplicação dos princípios do Management by numbers, a discussão dos fatos que estavam atrás dos números, raramente eram enfatizados e consequentemente solucionados. Philipe Crosby já em seu famoso livroQuality is Free editado em 1979 preconizava a absoluta necessidade da participação da Controladoria na geração das informações dos custos da qualidade. De acordo, com Crosby a emissão dos relatórios dos custos da qualidade pela Controladoria garantiria a isenção e a credibilidade das informações. Todavia, poucos Controllers atreveram-se a aceitar o desafio. Provavelmente, motivados pelo parco respaldo dos sistemas de custos vigentes até hoje. Esses sistemas não estão preparados para reconhecer, formatar e gerar as informações demandadas pelos programas de Qualidade Total disseminados pelos gurus da Qualidade. Somente, agora com o extraordinário avanço da informática, a geração dessa informação passou a ser viável. Para tanto, o instrumental que a viabiliza como um sub-produto, sob o nosso ponto de vista, é o ABC - Activity Based Costing ou como está se tornando conhecido no Brasil: Custeio Baseado em Atividades. PRINCÍPIOS DO ABC Os conceitos e princípios do ABC - Activity Based Costing estão se propagando rapidamente, inclusive as empresas de consultoria já estão chamando as novas abordagens de ABC de quarta geração. No ABC de quarta geração as informações passam a ser recorrentes, ou seja, a emissão de relatórios torna-se mensal, quando nas gerações anteriores, as informações tinham mais caracter de apoio esporádico às decisões, sendo rodado o sistema quando houvesse necessidade de estudos e decisões específicas. O grande avanço da metodologia ABC, em nossa opinião, consiste na constatação prática de que os recursos são consumidos pelas atividades e os produtos ou objetos de custo, utilizam as atividades. Como possibilidade adicional podemos direcionar um Recurso para outro Recurso. Recurso pode ser a somatória dos valores contabilizados nas contas contábeis de um

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Como Citar

Junior, A. R. APURAÇÃO DOS CUSTOS DA QUALIDADE NO AMBIENTE “ABC”. Anais Do Congresso Brasileiro De Custos - ABC. Recuperado de https://anaiscbc.abcustos.org.br/anais/article/view/3434

Edição

Seção

Custos, qualidade e produtividade.