Governança Corporativa: os diferentes níveis criados pela Bm&fbovespa e seus impactos no desempenho econômico financeiro das empresas do setor econômico de consumo cíclico e não cíclico que atuam no mercado de capitais

Resumo

Os escândalos com grandes empresas nos Estados Unidos fizeram surgir uma necessidade emergente: transparência. Sob essa perspectiva desenvolve-se o conceito de Governança Corporativa, vista hoje como um dos grandes diferenciais para as empresas que atuam no mercado de capitais, inclusive no Brasil. Em vista disso o presente estudo preocupou-se em pesquisar se existe diferença significativa entre os diferentes níveis de Governança Corporativa criada pela BM&FBOVESPA e o retorno econômico-financeiro para as empresas adquirentes. Em busca de um resultado que demonstrasse a atual realidade, optou-se pela utilização das demonstrações financeiras de 2015. A abordagem utilizada foi a quantitativa e o método hipotético dedutivo, que se torna possível pelos estabelecimentos das hipóteses. A amostra inicial do estudo era composta por 90 empresas. E a amostra final 80 empresas. Como o tamanho da amostra foi maior que 30, utilizou-se o teste de hipótese do tipo paramétrico. A fundamentação teórica baseou-se nos estudos sobre Governança Corporativa, conflitos de agência e indicadores de rentabilidade. A análise dos resultados se deu a partir dos dados coletados, baseado na hipótese estabelecida de correlação das variáveis. Os resultados mostraram que dos seis indicadores analisados, apenas, a margem líquida, o lucro por ação e o retorno do ativo total demonstraram diferença significativa, assim, pôde-se defender que as empresas que pertencem ao grupo, denominado nessa pesquisa de Mercado Elevado, tendem a possuir um desempenho significativamente maior em relação às empresas que não adotam um elevado nível de Governança Corporativa.