A depreciação como fonte de informação gerencial em entidades

Resumo

O presente estudo tem como objetivo analisar a depreciação do ativo imobilizado pertencente ao Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Campus Serra, como fonte de informação gerencial na realização de investimentos, diante da obrigatoriedade trazida pelo contexto de convergência aos padrões internacionais, estabelecidos pelas IPSAS/IFAC em consonância com as NBCASP/CFC. Para atender tal objetivo, o trabalho assume-se como pesquisa exploratória do tipo estudo de caso. Aplicou-se os métodos de depreciação linear; soma dos dígitos crescente e soma dos dígitos descrente nos bens patrimoniais do Ifes – Campus Serra. Realizou-se também uma pesquisa junto aos órgãos fiscalizadores, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria Geral da União (CGU), buscando uma explicação sobre a falta de prática da depreciação pelo Ifes, sendo que o mesmo já estaria obrigado, conforme a lei n.° 4.320/64, por se tratar de uma autarquia. Ao fim do estudo, chega-se à conclusão que o impacto gerado pela depreciação no patrimonio do Ifes poderia ser de 40,82% pelo método de depreciação linear, 28,21% pelo método da soma dos dígitos crescentes, e 53,43% pelo método da soma dos dígitos decrescentes. Observa–se que o órgão ainda não se mobilizou quanto à obrigatoriedade da depreciação. Conclui-se que é importante a prática da depreciação, a adoção desta informação com visão gerencial possibilitará um melhor aproveitamento dos recursos financeiros pela entidade. O acompanhamento da depreciação dos ativos do Ifes poderá ajudar o gestor nas tomadas de decisão.