Custeio Alvo na indústria brasileira de autopeças
Palavras-chave:
Cost-plus pricingResumo
Estudos demonstraram que o Custeio Alvo sofreu adaptações para adequar-se a ambientes distintos do japonês, no qual foi concebido e desenvolvido. De forma a investigar se e como esse fenômeno ocorreu também no Brasil, o presente estudo verificou se o Custeio Alvo é utilizado pelo segmento de Autopeças e, em caso positivo, se houve alterações significativas em relação ao que a literatura preconiza e se fatores contingenciais exerceram influência em sua adoção. A pesquisa de campo, do tipo survey, foi conduzida com empresas associadas ao Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, com receita operacional bruta superior a R$50 milhões em 2006, dos quais pelo menos 75% originados de vendas para montadoras. Em contraste à evidência provida sobre a alta taxa de adoção do modelo pelo segmento de autopeças em outros países, os achados do estudo não permitem afirmar que as empresas brasileiras de autopeças se utilizem de práticas que possam ser consideradas como Custeio Alvo, havendo predominância na utilização de modelos de cost-plus pricing. O estudo detectou que: (a) algumas características do Custeio Alvo estão presentes, como engenharia de valor, adequação dos custos a limitações externas e uso de equipes multifuncionais (participação de Vendas e Controladoria superior ao preconizado); (b) o nível de envolvimento dos fornecedores é significativamente inferior ao preconizado; (c) o nível de comprometimento das equipes com o custo máximo admissível é limitado; e (d) o Custeio Pleno é utilizado para compor o custo dos produtos, alocando-se custos indiretos, gastos administrativos e logísticos.Downloads
Como Citar
Bertucci, C. E., & Rocha, W. Custeio Alvo na indústria brasileira de autopeças. Anais Do Congresso Brasileiro De Custos - ABC. Recuperado de https://anaiscbc.abcustos.org.br/anais/article/view/867
Edição
Seção
Gestão Estratégica de Custos